domingo, 26 de julho de 2009

O que é Grupo de Oração Carismático?



O Grupo de Oração é a célula fundamental da Renovação Carismática Católica, é a expressão máxima e principal da RCC, tendo três momentos distintos: núcleo de serviço, reunião de oração e grupo de perseverança.
Podemos também definir Grupo de Oração como sendo uma comunidade carismática que cultiva a oração, a partilha e todos os outros aspectos da vivência do Evangelho, a partir da experiência do batismo no Espírito Santo. Trata-se de uma reunião semanal na qual um grupo de fiéis coloca-se diante de Jesus, sob a ação do Espírito Santo, para louvar e glorificar a Deus, participar dos dons divinos e edificar-se mutuamente.
O grupo de oração da RCC não deve esquecer, obviamente, de sua identidade carismática. Os outros grupos dentro de outras experiências são importantes para a Igreja e para as pessoas, mas o Grupo de Oração carismático tem características próprias: Batismo do Espírito Santo e o uso dos Carismas.
Cada Grupo de Oração precisa ser, na Igreja e no mundo, rosto e memória de Pentecostes, assumir a responsabilidade pela transformação da nossa cultura, criando não só na Igreja, mas no mundo todo, uma cultura de Pentecostes através da qual todos busquem a construção do Reino de Deus. A vivência dessa vocação da Renovação Carismática pede uma consagração sincera de cada um de nós, sem reservas, mantendo a perseverança até nossa Páscoa definitiva.
Um Grupo de Oração cumpre bem sua missão quando seus integrantes vivem plenamente a vida de oração, pessoal e comunitária, aliada à formação, guardiã dos carismas.


Autor: José Maria de Mello Júnior - Coordenador da Comissão Nacional de Formação

Histórico Renovação Carismática Católica


A Renovação Carismática Católica (RCC) é um movimento católico que surgiu nos Estados Unidos em meados da década de 1960. Ele é voltado para a experiência pessoal com Deus, particularmente através do Espírito Santo e dos seus dons. Esse movimento busca dar uma nova abordagem às formas de evangelização e renovar práticas tradicionais dos ritos e da mística católicos. O movimento carismático católico foi influenciado em seu nascimento pelos movimentos pentecostais de origem protestante e até hoje esses dois grupos se assemelham em vários aspectos.


Origem


A renovação carismática, inicialmente conhecida como movimento católico pentecostal, ou católicos pentecostais, surgiu em 1966, quando Steve Clark, da Universidade de Duquesne em Pittsburgh, Pensilvânia, Estados Unidos, durante o Congressso Nacional de "Cursilhos de Cristandade", mencionou o livro "A Cruz e o Punhal", do pastor John Sherril, sobre o trabalho do pastor David Wilkerson com os drogados de Nova York, falando que era um livro que o inquietava e que todos deveriam lê-lo.
Em
1966, católicos da Universidade de Duquesne reuniam-se para oração e conversas sobre a fé. Eram católicos dedicados a atividades apostólicas, mas, ainda assim, insatisfeitos com a sua experiência religiosa. Em razão disso, e recordando a experiência bíblica do Pentecostes e das primeiras comunidades cristãs cheias do Espírito Santo, decidiram começar a orar para que o Espírito Santo se manifestasse neles. Querendo vivenciar a experiência com o Espírito, foram ao encontro de William Lewis, sacerdote da Igreja Episcopal Anglicana, que por sua vez os levou até Betty de Shomaker, que fazia em sua casa uma reunião de oração pentecostal.
Em
13 de janeiro de 1967, Ralph Keiner, sua esposa Pat, Patrick Bourgeois e Willian Storey vão à casa de Flo Dodge, paroquiana Anglicana de William Lewis, para assistir a reunião. Em 20 de janeiro assistem mais uma reunião e suplicam que se ore para que eles recebam o "Batismo no Espírito Santo". Ralph recebe o dom de línguas (fenômeno chamado no meio acadêmico de glossolalia). Na semana seguinte, a fevereiro de 1967, Ralph impõe as mãos para que os quatro recebam o batismo no Espírito.
Em janeiro de 1967, Bert Ghezzi comunica a universitários de Notre Dame,
South Bend, Indiana o que teria ocorrido em Pittsburgh. Em fevereiro, antes do retiro de Duquesne, Ralph Keifer vai a Notre Dame e conta suas experiências. Em quatro de março, um grupo de estudantes se reúne na casa de Kevin e Doroth Ranaghan. Um professor de Pittsburgh partilha a experiência de Duquesne, e em 5 de março de 1967 o grupo pede a imposição de mãos para receber o Espírito Santo.
Após a Semana Santa, relizou-se um retiro em Notre Dame para discernir o que Deus estaria querendo com essas manifestações. Participam professores, alunos e sacerdotes. 40 pessoas de Notre Dame e 40 da
Universidade de Michigan, entre os quais Steve Clark e Ralph Martin, que em 1976 iriam para a Universidade de Michigan, em Ann Arbor.


RCC no Brasil


No Brasil a Renovação Carismática teve origem na cidade de Campinas, SP, através dos padres Haroldo Joseph Rahm e Eduardo Dougherty(2).
Os rumos que a Renovação Carismática tomará a partir de Campinas serão diversos, expandindo-se rapidamente pela maioria dos Estados brasileiros. Entre algumas informações disponíveis encontramos as de Dom Cipriano Chagas que registra:
- Em 1970 e 71 iniciou-se a Renovação em Telêmaco Borba, no Paraná, com Pe. Daniel Kiakarski, que a conhecera nos Estados Unidos também em 1969.
- Em 1972 e 1973 Pe. Eduardo, de novo no Brasil, deu vários retiros e iniciou grupos de oração. Assim foi, por exemplo, em Belo Horizonte, em 1972, com um grupo pequeno de 8 ou 9 pessoas.
- Em janeiro de 1973 o Pe. George Kosicki, CSB, que havia muito participava ativamente da Renovação nos Estados Unidos, veio a Goiânia para um retiro carismático de uma semana. A ele compareceram D. Matias Schmidt, atual bispo de Rui Barbosa, na Bahia, e vários padres e religiosas, que iriam iniciar grupos de oração em Anápolis, Brasília, Santarém, Jataí, etc.
- Em 1973, perto de Miranda, no Mato Grosso, um pequeno grupo começou a ler o livro Sereis Batizados no Espírito e a rezar pedindo o dom do Espírito. Um mês mais tarde veio a eles o Pe. Clemente Krug, redentorista, que conhecera a Renovação em Convent Station, New Jersey; orando com eles, receberam o “batismo no Espírito” e o dom de línguas.
- Em geral, pois, pode-se dizer que os grupos de oração surgidos em inúmeras cidades do Brasil tiveram sua origem seja nas “Experiências de Oração no Espírito Santo” do Pe. Haroldo Rahm, SJ, seja nos retiros dados pelos padres Eduardo Dougherty, SJ e George Kosicki, CSB.
- Em vista da extensão que tomava a Renovação no Brasil, o Pe. Eduardo Dougherty, sentindo a necessidade de uma melhor organização, preparou com o Pe. Haroldo Rahm e Irmã Juliette Schuckenbrock, CSC, um encontro de fim de
semana em Campinas, que foi o I Congresso Nacional da Renovação Carismática no Brasil em meados de 1973, ao qual compareceram cerca de 50 líderes, para discernir a obra do Espírito Santo no Brasil.
- Em janeiro de 1974 foi realizado o II Congresso Nacional da Renovação Carismática, comparecendo lideres de Mato Grosso, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Santos, São Paulo, etc(3).
Em outras regiões a Renovação Carismática começa a crescer, a partir de 1974: no Norte a diocese de Santarém com Frei Paulo, em Anápolis, no Centro Oeste, com Frei João Batista Vogel, no Sul de Minas, com Mons. Mauro Tommasini na Aquidiocese de Pouso Alegre. Também colaboram como divulgadores: Pe. Schuster, Dr. Jonas e Sra. Imaculada Petinnatti, Peter e Ingrid Orglmeister, D. Cipriano Chagas, Pe. Alírio Pedrini, Frei Antônio, Ir. Tarsila, Maria Lamego, Ir. Stelita(4).
No início, a Renovação atingiu os líderes já engajados em movimentos como Cursilho, Encontros de Juventude, TLC, etc, e foi se ampliando gradativamente como uma nova “onda” de evangelização com identidade própria(5).
Em 1972, Pe. Haroldo escreve o livro Sereis batizados no Espírito(6) , onde explica o que vem a ser o “Pentecostalismo Católico”. Sendo uma das primeiras obras publicadas no país sobre o movimento, trazia orientações para a realização dos retiros de “Experiência de Oração no Espírito Santo”, que muito colaboraram para o surgimento de vários grupos de oração.


Características e doutrina


Em termos de doutrina a RCC observa as Sagradas Escrituras; o Catecismo da Igreja e todas as demais diretrizes da Igreja.
A RCC prega e vive a fé em Jesus (entendido como Senhor e único Salvador de todos) e busca promover uma experiência pessoal com
Deus vivo para renovar os valores morais dos cristãos. Em suas reuniões de Oração utiliza músicas de louvor, adoração que tornam os momentos carregados de ação de Deus, com pregações e o poder do Espírito Santo.
Prega que o
pecado - definido como um ato ou desejo contrário a vontade de Deus - é a fonte dos males vividos na sociedade atual. Ganância, egoísmo, soberba, vícios, mau uso da liberdade, etc, são conseqüências dos pecados do homem. A não observação dos mandamentos da Lei Eterna afastam o homem de Deus e são obstáculos a vida Santa.
Defende que Jesus tem o poder de libertar e perdoar os pecados e que,para isso, basta que o homem arrependa-se de coração diante dele e se utilize da confissão.
Na RCC - e na Igreja Católica como um todo - todos são chamados a romper com o pecado e viver a santidade de Cristo por meio do Espírito Santo, que segundo eles concede ao homem a plena realização e resgata a sua imagem e semelhança com o Criador de todas as coisas.
Como para todo católico, o bem maior que a RCC e a Igreja possuem é a
Eucaristia que é a celebração da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. No movimento é também presente a devoção à Santíssima Virgem Maria, mãe de Jesus, proclamando a Virgem como bem-aventurada e pedindo sua intercessão e auxílio, já que ela viveu uma vida santa e que serve de modelo a ser seguido pelos cristãos para atingir a Salvação por Cristo.


Os carismáticos e o Espírito Santo


Os Cristãos crêem que é o Espírito Santo que conduz as pessoas à fé em Jesus Cristo e que lhes dá a capacidade para viverem uma vida feliz, livres do pecado, norteada pelos valores. O Espírito Santo habita dentro de cada Cristão. É o desejo de praticar o bem. Ele é descrito como um 'conselheiro' ou 'ajudante' (paraclete em Grego), o Espírito Santo paráclito (aquele que advoga) guiando-os no caminho da verdade e da justiça.
A Renovação carismática coloca uma ênfase especial nas obras do Espírito Santo. Os 'Frutos do Espírito' (i.e. os resultados da sua influência) são "amor, gozo (ou alegria), paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" (
Gálatas 5:22). Ele também concede dons (i.e. habilidades) aos Cristãos tais como os dons carismáticos de profecia, línguas, discernimento, sabedoria, cura, fé, milagres, e ciência. Embora alguns Cristãos acreditem que isto apenas aconteceu nos tempos do Novo Testamento, a RCC acredita que hoje estes dons estão novamente sendo concedidos.
Desse modo, nos grupos de oração da RCC é muito comum o uso do
dom de línguas. Também não é raro serem alegadas visões e profecias de origem sobrenatural que transmitiriam mensagens de Jesus, do Espírito Santo ou de Maria. Às vezes chegam a ser alegadas a realização de curas espirituais ou físicas e outros milagres.


Efusão no Espírito


Segundo a RCC, a Efusão no Espírito Santo é uma experiência que normalmente decorre de um momento de oração e pela qual a pessoa adquire um novo e apurado senso de valor espiritual. A partir desse momento o Espírito Santo passa a orientar a vida da pessoa, confirmando verdades interiores e até modificando posturas diante dos homens e do mundo. Como primeiro resultado deste 'batismo' verifica-se o desejo pela oração e pela vida na Igreja. Fala-se também em proliferação de eventos sobrenaturais (idéias, fatos, nomes, condutas, pensamentos), tomados como revelações divinas (dons espirituais).
Segundo a teologia católica, toda pessoa recebe o Espírito Santo por ocasião do sacramento do
Batismo. A Igreja não define a necessidade de um segundo batismo, conforme a profissão de fé do Credo Niceno: "Professo um só batismo para remissão dos pecados". Sendo assim, o 'Batismo no Espírito Santo' como entendido pela RCC, não é um sacramento nem um requisito para a Salvação. Ele seria uma renovação do contato com Deus que fora adquirido originalmente pelo batismo, um auxílio para uma vivência da fé mais próxima da anunciada no evangelho e o catalisador uma vida de oração mais intensa. Entende-se que esse batismo no Espírito Santo não seja uma invenção da RCC, mas parte dos primórdios do nascimento da Igreja.


A RCC e a CNBB


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) possui um Documento, chamado Documento 53, com recomendações disciplinando certas práticas místicas no contexto da RCC. Recomenda-se, por exemplo, que se evite a prática do "Repouso no Espírito" (na qual as pessoas parecem desmaiar durante os momentos de oração, mas permanecem conscientes do que ocorre em sua volta). E preocupações exageradas com o demônio:
63 - Orar e falar em línguas: O destinatário da oração em línguas é o próprio Deus, por ser uma atitude da pessoa absorvida em conversa particular com Deus. E o destinatário do falar em línguas é a comunidade. Como é difícil discernir, na prática, entre inspiração do Espírito Santo e os apelos do animador do grupo reunido, não se incentive a chamada oração em línguas e nunca se fale em línguas sem que haja interprete.
65. Em Assembléias, grupos de oração, retiros e outras reuniões evite-se a prática do assim chamado "repouso no Espírito". Essa prática exige maior aprofundamento, estudo e discernimento. (...)
68. Procure-se, ainda, formar adequadamente as lideranças e os membros da RCC para superar uma preocupação exagerada com o demônio, que cria ou reforça uma mentalidade feitichista, infelizmente presente em muitos ambientes.
O documento também menciona vários aspectos positivos do movimento.


Críticas


Um dos maiores críticos da RCC é o padre Quevedo. Ele afirma que vivem em um ambiente feitichista, místico e alienante. Por outro lado, há também muitos religiosos católicos que dão forte apoio a esse movimento, vendo ele como uma fonte de renovação de Deus para a Igreja.
Existem questões políticas também envolvidas no crescimento da RCC, pois até o final dos
anos 80 boa parte da Igreja Católica, principalmente nos países em desenvolvimento como os da América Latina, era orientada pela Teologia da Libertação, que cresceu com a luta contra a ditadura militar, com as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e os diversos movimentos sociais.
O discurso da Teologia da Libertação tinha algumas de suas raízes no
Marxismo e Comunismo e falava de luta de classes e participação dos cristãos católicos na política, com a intenção de se "construir o reino dos céus na Terra." Alguns membros da Igreja chegaram mesmo a participar da fundação de partidos políticos como o Partido dos Trabalhadores, no Brasil.
A RCC é mal recebida por grupos mais tradicionais dentro do catolicismo, que a acusam de sentimentalista e irracional, além da acusação de que muitos abusos cometidos durante a celebração da missa são obra dos carismáticos. Outro fato que desagrada aos tradicionalistas é o ecumenismo entusiasta de muitos membros da RCC, principalmente quando introduzem músicas pentecostais nas cerimônias católicas.



Influência dos pentecostais


Especialmente no seu início, a RCC foi influenciada pelo movimento evangélico pentecostal. Seguem-se alguns dos maiores exemplos desse envolvimento.
O livro "A Cruz e o Punhal", influente na formação do movimento, foi escrito pelo Pastor David Wilkerson, que também pregou em um dos primeiros Congressos da RCC nos Estados Unidos;
Padre Tomas Forrest, liderança internacional da RCC no início do Movimento, teve sua experiência do 'Batismo' no Espírito Santo num retiro da Renovação Carismática Católica dos EUA pregado por dois padres, uma freira e dois evangélicos Metodistas. (3)
Parte considerável das músicas do livro "Louvemos ao Senhor" e outras populares no movimento, têm origem no protestantismo, tais como “Buscai primeiro o Reino de Deus” e “Glorificarei teu nome, oh Deus”, "Pelo Senhor marchamos sim...”, “A alegria está no coração...”, “Posso pisar uma tropa...”, “Eu navegarei...”, “Espírito (...) vem controlar todo o meu ser...”, “Espírito, enche a minha vida, enche-me com teu poder...”, “Assim como a corsa...”, “Deus enviou seu filho amado...”, “Se as águas do mar da vida...”, “Eu sou feliz por que meu Cristo quer...”. Temos ainda exemplos mais recentes, como “Levanta-te, levanta-te Senhor... fujam diante de ti teus inimigos”, “Venho Senhor minha vida oferecer", “Meu pensamento vive em você...”, “Se acontecer um barulho perto de você...”, “Celebrai a Cristo, celebrai...”.(3)
De fato, algumas vertentes evangélicas petencostais reclamam da RCC por esta copiar seus ritos e músicas. Por outro lado a RCC também tem suas próprias músicas. Para muitos carismáticos e pentecostais isso é visto de forma positiva, pois seria o início de um verdadeiro
ecumenismo entre os cristãos através da partilha da música cristã. O diálogo ecumênico e uma maior aproximação com fiéis de outras denominações cristãs é uma das metas do Vaticano e da CNBB e uma recomendação da Igreja aos fiéis católicos.




Didaquê


Didaquê (Διδαχń em grego clássico) ou Instrução dos Doze Apóstolos, é um escrito do primeiro século que trata do catecismo cristão. Didaquê significa doutrina, instrução. É constituído de dezesseis capítulos, e apesar de ser uma obra pequena, é de grande valor histórico e teológico.
O título lembra a referência de Atos 2,42: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos ...”.
Estudiosos estimam que são escritos anteriores a destruição do templo de
Jerusalém, entre os anos 60 e 70 d.C. Outros estimam que foi escrito entre os anos 70 e 90 d.C., contudo são coesos quanto a origem sendo na Palestina ou Síria.
Quanto a sua autenticidade, é de senso comum que o mesmo não tenha sido escrito pelos doze
apóstolos, ainda que o título do escrito faça menção aos mesmos; mas estudiosos acreditam na compilação de fontes orais tendo recebido tais ensinos que resultaram na elaboração do mesmo. Também é senso comum que tenha sido escrito por mais de uma pessoa.
O texto foi mencionado por escritores antigos, inclusive por
Eusébio de Cesaréia que viveu no século III, em seu livro "História Eclesiástica", mas a descoberta desse manuscrito, na íntegra, em grego, num códice do século XI ( ano 1056 ) ocorreu somente em 1873 num mosteiro em Constantinopla.
Nos escritos da Didaquê, além da catequese e liturgia cristã, o evangelho de Jesus é recomendado. A Didaquê também cita a oração do “Pai Nosso” como sendo “ensinada pelo Senhor” e finda com a afirmação em consonância com o livro
Apocalipse, do Novo Testamento, de que Jesus voltará:
“ ... conforme foi dito: "O Senhor virá e todos os santos estarão com ele". Então o mundo assistirá o Senhor chegando sobre as nuvens do céu.” [Didaquê 16:7,8]
Nos escritos da Didaquê também são reforçados o batismo no nome do
Pai, Filho e Espírito Santo [7:1,3], sendo argumento para os que aceitam o dogma da Trindade, contrapondo-se a defesa dos não trinitários de que não existiam escritos cristãos do primeiro século que defendessem o batismo no nome de Jesus.
A respeito de Jesus, ainda sobre o batismo, diz: “Que ninguém coma nem beba da Eucaristia sem antes ter sido batizado em nome do Senhor, pois sobre isso o Senhor [Jesus] disse: "Não dêem as coisas santas aos cães".” [9,5]
Tais escritos também sustentam argumentos de que existiam escritos do primeiro século apoiando a defesa da tese teológica de que Jesus é
Deus.
Sobre questões polêmicas como o
batismo, adverte para o batismo em imersão; sendo admitido por aspersão na inexistência de água corrente. A Didaquê também acentua a diposição ao jejum por parte do candidato ao batismo e daquele que o vai batizar por cerca de três dias antes do batismo.
Nos escritos da Didaquê há uma similaridade quando se referencia hora ao Pai como o Senhor [Didaquê 10] e hora a Jesus como o Senhor [Didaquê 16], o que é aceito por alguns a interposição entre as duas pessoas. Também fazendo a distinção de pessoa chamando Jesus de servo do Pai.[9,3]
A Didaquê faz registro da celebração da eucaristia no domingo (dia do Senhor):
"Reuni-vos no dia do Senhor, para romperdes o pão e dardes graças" [Didaquê 14,1].
A Didaquê cita diretamente ou faz menção indireta a diversos livros do novo testamento: sendo Mateus, Lucas, I Epístola aos Coríntios, Hebreus, I Epístola da Pedro, Atos dos Apóstolos, Romanos, Efésios, Carta aos Tessalonicenses e Apocalipse.



DIDAQUÉ


Parte I - O Caminho da Vida e o Caminho da Morte


INTRODUÇÃO


Didaqué - A Instrução dos Doze ApóstolosInstrução do Senhor para as nações segundo os Doze Apóstolos.


O CAMINHO DA VIDA E O CAMINHO DA MORTE


CAPÍTULO I


1Existem dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte. Há uma grande diferença entre os dois.2Este é o caminho da vida: primeiro, ame a Deus que o criou; segundo, ame a seu próximo como a si mesmo. Não faça ao outro aquilo que você não quer que façam a você.3Este é o ensinamento derivado dessas palavras: bendiga aqueles que o amaldiçoam, reze por seus inimigos e jejue por aqueles que o perseguem. Ora, se você ama aqueles que o amam, que graça você merece? Os pagãos também não fazem o mesmo? Quanto a você, ame aqueles que o odeiam e assim você não terá nenhum inimigo.4Não se deixe levar pelo instinto. Se alguém lhe bofeteia na face direita, ofereça-lhe também a outra face e assim você será perfeito. Se alguém o obriga a acompanhá-lo por um quilometro, acompanhe-o por dois. Se alguém lhe tira o manto, ofereça-lhe também a túnica. Se alguém toma alguma coisa que lhe pertence, não a peça de volta porque não é direito.5Dê a quem lhe pede e não peças de volta pois o Pai quer que os seus bens sejam dados a todos. Bem-aventurado aquele que dá conforme o mandamento pois será considerado inocente. Ai daquele que recebe: se pede por estar necessitado, será considerado inocente; mas se recebeu sem necessidade, prestará contas do motivo e da finalidade. Será posto na prisão e será intgerrogado sobre o que fez... e daí não sairá até que devolva o último centavo.6Sobre isso também foi dito: que a sua esmola fique suando nas suas mãos até que você saiba para quem a está dando.


CAPÍTULO II


1O segundo mandamento da instrução é:2Não mate, não cometa adultério, não corrompa os jovens, não fornique, não roube, não pratique a magia nem a feitiçaria. Não mate a criança no seio de sua mãe e nem depois que ela tenha nascido.3Não cobice os bens alheios, não cometa falso juramento, nem preste falso testemunho, não seja maldoso, nem vingativo.4Não tenha duplo pensamento ou linguajar pois o duplo sentido é armadilha fatal.5A sua palavra não deve ser em vão, mas comprovada na prática.6Não seja avarento, nem ladrão, nem fingido, nem malicioso, nem soberbo. Não planeje o mal contra o seu próximo.7Não odeie a ninguém, mas corrija alguns, reze por outros e ame ainda aos outros, mais até do que a si mesmo.


CAPÍTULO III


1Filho, procure evitar tudo aquilo que é mau e tudo que se parece com o mal.2Não seja colérico porque a ira conduz à morte. Não seja ciumento também, nem briguento ou violento, pois o homicídio nasce de todas essas coisas.3Filho, não cobice as mulheres pois a cobiça leva à fornicação. Evite falar palavras obscenas e olhar maliciosamente já que os adultérios surgem dessas coisas.4Filho, não se aproxime da adivinhação porque ela leva à idolatria. Não pratique encantamentos, astrologia ou purificações, nem queira ver ou ouvir sobre isso, pois disso tudo nasce a idolatria.5Filho, não seja mentiroso pois a mentira leva ao roubo. Não persiga o dinheiro nem cobice a fama porque os roubos nascem dessas coisas.6Filho, não fale demais pois falar muito leva à blasfêmia. Não seja insolente, nem tenha mente perversa porque as blasfêmias nascem dessas coisas.7Seja manso pois os mansos herdarão a terra.8Seja paciente, misericordioso, sem maldade, tranquilo e bondoso. Respeite sempre as palavras que você escutou.9Não louve a si mesmo, nem se entrege à insolência. Não se junte com os poderosos, mas aproxima dos justos e pobres.10Aceite tudo o que acontece contigo como coisa boa e saiba que nada acontece sem a permissão de Deus.


CAPÍTULO IV


1Filho, lembre-se dia e noite daquele que prega a Palavra de Deus para você. Honre-o como se fosse o próprio Senhor, pois Ele está presente onde a soberania do Senhor é anunciada.2Procure estar todos os dias na companhia dos fiéis para encontrar forças em suas palavras.3Não provoque divisão. Ao contrário, reconcilia aqueles que brigam entre si. Julgue de forma justa e corrija as culpas sem distinguir as pessoas.4Não hesite sobre o que vai acontecer.5Não te pareças com aqueles que dão a mão quando precisam e a retiram quando devem dar.6Se o trabalho de suas mãos te rendem algo, as ofereça como reparação pelos seus pecados.7Não hesite em dar, nem dê reclamando porque, na verdade, você sabe quem realmente pagou sua recompensa.8Não rejeite o necessitado. Compartilhe tudo com seu irmão e não diga que as coisas são apenas suas. Se vocês estão unidos nas coisas imortais, tanto mais estarão nas coisas perecíveis.9Não se descuide de seu filho ou filha. Muito pelo contrário, desde a infância instrua-os a temer a Deus.10Não dê ordens com rudeza ao seu escravo ou escrava pois eles também esperam no mesmo Deus que você; assim, não perderão o temor de Deus, que está acima de todos. Certamente Ele não virá chamar a pessoa pela aparência, mas somente aqueles que foram preparados pelo Espírito.11Quanto a vocês, escravos, obedeçam aos seus senhores, com todo o respeito e reverência, como à própria imagem de Deus.12Deteste toda a hipocrisia e tudo aquilo que não agrada o Senhor.13Não viole os mandamentos dos Senhor. Guarde tudo aquilo que você recebeu: não acrescente ou retire nada.14Confesse seus pecados na reunião dos fiéis e não comece a orar estando com má consciência. Este é o caminho da vida.


CAPÍTULO V


1Este é o caminho da morte: primeiro, é mau e cheio de maldições - homicídios, adultérios, paixões, fornicações, roubos, idolatria, magias, feitiçarias, rapinas, falsos testemunhos, hipocrisias, coração com duplo sentido, fraudes, orgulho, maldades, arrogância, avareza, palavras obscenas, ciúmes, insolência, altivez, ostentação e falta de temor de Deus.2Nesse caminho trilham os perseguidores dos justos, os inimigos da verdade, os amantes da mentira, os ignorantes da justiça, os que não desejam o bem nem o justo julgamento, os que não praticam o bem mas o mal. A calma e a paciência estão longe deles. Estes amam as coisas vãs, são ávidos por recompensas, não se compadecem com os pobres, não se importam com os perseguidos, não reconhecem o Criador. São também assassinos de crianças, corruptores da imagem de Deus, desprezam os necessitados, oprimem os aflitos, defendem os ricos, julgam injustamente os pobres e, finalmente, são pecadoresconsumados. Filho, afaste-se disso tudo.


CAPÍTULO VI


1Fique atento para que ninguém o afaste do caminho da instrução, pois quem faz isso ensina coisas que não pertencem a Deus.2Você será perfeito se conseguir carregar todo o jugo do Senhor. Se isso não for possível, faça o que puder.3A respeito da comida, observe o que puder. Não coma nada do que é sacrificado aos ídolos pois esse culto é destinado a deuses mortos.


DIDAQUÉParte II - A Celebração Litúrgica


A CELEBRAÇÃO LITÚRGICA


CAPÍTULO VII


1Quanto ao batismo, faça assim: depois de ditas todas essas coisas, batize em água corrente, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.2Se você não tiver água corrente, batize em outra água. Se não puder batizar com água fria, faça com água quente.3Na falta de uma ou outra, derrame água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.4Antes de batizar, tanto aquele que batiza como o batizando, bem como aqueles que puderem, devem observar o jejum. Você deve ordenar ao batizando um jejum de um ou dois dias.


CAPÍTULO VIII


1Os seus jejuns não devem coincidir com os dos hipócritas. Eles jejuam no segundo e no quinto dia da semana. Porém, você deve jejuar no quarto dia e no dia da preparação.2Não reze como os hipócritas, mas como o Senhor ordenou em seu Evangelho. Reze assim: "Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão-nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai nossa dívida, assim como também perdoamos os nossos devedores e não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos do mal porque teu é o poder e a glória para sempre".3Rezem assim três vezes ao dia.


CAPÍTULO IX


1Celebre a Eucaristia assim:2Diga primeiro sobre o cálice: "Nós te agradecemos, Pai nosso, por causa da santa vinha do teu servo Davi, que nos revelaste através do teu servo Jesus. A ti, glória para sempre".3Depois diga sobre o pão partido: "Nós te agradecemos, Pai nosso, por causa da vida e do conhecimento que nos revelaste através do teu servo Jesus. A ti, glória para sempre.4Da mesma forma como este pão partido havia sido semeado sobre as colinas e depois foi recolhido para se tornar um, assim também seja reunida a tua Igreja desde os confins da terra no teu Reino, porque teu é o poder e a glória, por Jesus Cristo, para sempre".5Que ninguém coma nem beba da Eucaristia sem antes ter sido batizado em nome do Senhor pois sobre isso o Senhor disse: "Não dêem as coisas santas aos cães".


CAPÍTULO X


1Após ser saciado, agradeça assim:2"Nós te agradecemos, Pai santo, por teu santo nome que fizeste habitar em nossos corações e pelo conhecimento, pela fé e imortalidade que nos revelaste através do teu servo Jesus. A ti, glória para sempre.3Tu, Senhor onipotente, criaste todas as coisas por causa do teu nome e deste aos homens o prazer do alimento e da bebida, para que te agradeçam. A nós, porém, deste uma comida e uma bebida espirituais e uma vida eterna através do teu servo.4Antes de tudo, te agradecemos porque és poderoso. A ti, glória para sempre.5Lembra-te, Senhor, da tua Igreja, livrando-a de todo o mal e aperfeiçoando-a no teu amor. Reúne dos quatro ventos esta Igreja santificada para o teu Reino que lhe preparaste, porque teu é o poder e a glória para sempre.6Que a tua graça venha e este mundo passe. Hosana ao Deus de Davi. Venha quem é fiel, converta-se quem é infiel. Maranatha. Amém."7Deixe os profetas agradecerem à vontade.


DIDAQUÉParte III - A Vida em Comunidade


A VIDA EM COMUNIDADE


CAPÍTULO XI


1Se vier alguém até você e ensinar tudo o que foi dito anteriormente, deve ser acolhido.2Mas se aquele que ensina é perverso e ensinar outra doutrina para te destruir, não lhe dê atenção. No entanto, se ele ensina para estabelecer a justiça e conhecimento do Senhor, você deve acolhê-lo como se fosse o Senhor.3Já quanto aos apóstolos e profetas, faça conforme o princípio do Evangelho.4Todo apóstolo que vem até você deve ser recebido como o próprio Senhor.5Ele não deve ficar mais que um dia ou, se necessário, mais outro. Se ficar três dias é um falso profeta.6Ao partir, o apóstolo não deve levar nada a não ser o pão necessário para chegar ao lugar onde deve parar. Se pedir dinheiro é um falso profeta.7Não ponha à prova nem julgue um profeta que fala tudo sob inspiração, pois todo pecado será perdoado, mas esse não será perdoado.8Nem todo aquele que fala inspirado é profeta, a não ser que viva como o Senhor. É desse modo que você reconhece o falso e o verdadeiro profeta.9Todo profeta que, sob inspiração, manda preparar a mesa não deve comer dela. Caso contrário, é um falso profeta.10Todo profeta que ensina a verdade mas não pratica o que ensina é um falso profeta.11Todo profeta comprovado e verdadeiro, que age pelo mistério terreno da Igreja, mas que não ensina a fazer como ele faz não deverá ser julgado por você; ele será julgado por Deus. Assim fizeram também os antigos profetas.12Se alguém disser sob inspiração: "Dê-me dinheiro" ou qualquer outra coisa, não o escutem. Porém, se ele pedir para dar a outros necessitados, então ninguém o julgue.


CAPÍTULO XII


1Acolha toda aquele que vier em nome do Senhor. Depois, examine para conhecê-lo, pois você tem discernimento para distinguir a esquerda da direita.2Se o hóspede estiver de passagem, dê-lhe ajuda no que puder. Entretanto, ele não deve permanecer com você mais que dois ou três dias, se necessário.3Se quiser se estabelecer e tiver uma profissão, então que trabalhe para se sustentar.4Porém, se ele não tiver profissão, proceda de acordo com a prudência, para que um cristão não viva ociosamente em seu meio.5Se ele não aceitar isso, trata-se de um comerciante de Cristo. Tenha cuidado com essa gente!


CAPÍTULO XIII


1Todo verdadeiro profeta que queira estabelecer-se em seu meio é digno do alimento.2Assim também o verdadeiro mestre é digno do seu alimento, como qualquer operário.3Assim, tome os primeiros frutos de todos os produtos da vinha e da eira, dos bois e das ovelhas, e os dê aos profetas, pois são eles os seus sumos-sacerdotes.4Porém, se você não tiver profetas, dê aos pobres.5Se você fizer pão, tome os primeiros e os dê conforme o preceito.6Da mesma maneira, ao abrir um recipiente de vinho ou óleo, tome a primeira parte e a dê aos profetas.7Tome uma parte de seu dinheiro, da sua roupa e de todas as suas posses, conforme lhe parecer oportuno, e os dê de acordo com o preceito.


CAPÍTULO XIV


1Reúna-se no dia do Senhor para partir o pão e agradecer após ter confessado seus pecados, para que o sacrifício seja puro.2Aquele que está brigado com seu companheiro não pode juntar-se antes de se reconciliar, para que o sacrifício oferecido não seja profanado.3Esse é o sacrifício do qual o Senhor disse: "Em todo lugar e em todo tempo, seja oferecido um sacrifício puro porque sou um grande rei - diz o Senhor - e o meu nome é admirável entre as nações".


CAPÍTULO XV


1Escolha bispos e diáconos dignos do Senhor. Eles devem ser homens mansos, desprendidos do dinheiro, verazes e provados pois também exercem para vocês o ministério dos profetas e dos mestres.2Não os despreze porque eles têm a mesma dignidade que os profetas e os mestres.3Corrija uns aos outros, não com ódio, mas com paz, como você tem no Evangelho. E ninguém fale com uma pessoa que tenha ofendido o próximo; que essa pessoa não escute uma só palavra sua até que tenha se arrependido.4Faça suas orações, esmolas e ações da forma que você tem no Evangelho de nosso Senhor.


DIDAQUÉParte IV - O Fim dos Tempos


O FIM DOS TEMPOS


CAPÍTULO XVI


1Vigie sobre a vida uns dos outros. Não deixe que sua lâmpada se apague, nem afrouxe o cinto dos rins. Fique preparado porque você não sabe a que horas nosso Senhor chegará.2Reúna-se com frequência para que, juntos, procurem o que convém a vocês; porque de nada lhe servirá todo o tempo que viveu a fé se no último instante não estiver perfeito.3De fato, nos últimos dias se multiplicarão os falsos profetas e os corruptores, as ovelhas se transformarão em lobos e o amor se converterá em ódio.4Aumentando a injustiça, os homens se odiarão, se perseguirão e se trairão mutuamente. Então o sedutor do mundo aparecerá, como se fosse o Filho de Deus, e fará sinais e prodígios. A terra será entregue em suas mãos e cometerá crimes como jamais foram cometidos desde o começo do mundo.5Então toda criatura humana passará pela prova de fogo e muitos, escandalizados, perecerão. No entanto, aqueles que permanecerem firmes na fé serão salvos por aquele que os outros amaldiçoam.6Então aparecerão os sinais da verdade: primeiro, o sinal da abertura no céu; depois, o sinal do toque da trombeta; e, em terceiro, a ressurreição dos mortos.7Sim, a ressurreição, mas não de todos, conforme foi dito: "O Senhor virá e todos os santos estarão com ele".8Então o mundo assistirá o Senhor chegando sobre as nuvens do céu.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Escapulário de Nossa Senhora não é um amuleto!


Muitas pessoas usam o escapulário ou outros objetos de devoção sem saber o seu verdadeiro significado, pior ainda quando usam como um amuleto, algo mágico que dá sorte, que livra de mau olhado ou coisa semelhante. Como se o verdadeiro sentido não viesse do coração daquele que usa tal objeto, que conhecendo o seu verdadeiro significado o usa para sinalizar algo que esta no seu intimo, sua fé, seus propósitos, sua conversão, a quem pertence. Muitos usam cruzes, medalhinhas, terços e grande numero usam o escapulário de Nossa Senhora do Carmo; como modismo, porque todo mundo esta usando ou aquele artista usou na novela. Qual o verdadeiro significado do Escapulário?
O Escapulário ou Bentinho do Carmo é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração à Santíssima Virgem Maria, por meio da inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de sua proteção maternal. O escapulário do Carmo é um sacramental. No dizer do Vaticano II, “um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por intermédio do qual significam efeitos, sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da Igreja”. (SC 60)
“A devoção do Escapulário do Carmo fez descer sobre o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais”. (Pio XII, 6/8/50)
A devoção ao Escapulário de Nossa Senhora do Carmo teve início com a visão de São Simão Stock. Segundo a tradição, a Ordem do Carmo atravessava uma fase difícil entre os anos 1230-1250. Recém-chegada à Europa como nômade, expulsa pelos mulçumanos do Monte Carmelo, ela atravessava um período crítico. Os frades carmelitas encontravam forte resistência de outras ordens religiosas para sua inserção. Eram hostilizados e até satirizados por sua maneira de vestir. O futuro da Ordem era dirigida por Simão Stock, homem de fé e grande devoto de Nossa Senhora. Nesta aflitiva situação ele compôs uma oração, que repetia constantemente.
Flor do Carmelo, Videira florescente,Esplendor do Céu,Mãe sempre Virgem e Singular,Aos Carmelitas daí privilégiosÓ Estrela do Mar.
Ao pedir “privilégios” o santo monge buscava junto à Mãe do Céu, sinais evidentes de proteção à Ordem a Ela dedicada. No dia 16 de julho de 1251, enquanto o piedoso Simão rezava esta oração, a Virgem apareceu. Tomando o escapulário nas mãos disse: “Filho caríssimo, recebe este Escapulário, sinal especial de minha confraternidade. Eis o sinal da salvação! Salvação dos perigos. Quem morrer revestido com ele, não padecerá do fogo do eterno”.
O escapulário era um avental usado pelos monges durante o trabalho para não sujar a túnica. Colocado sobre as escápulas (ombros), o escapulário é uma peça do hábito que ainda hoje todo carmelita usa.
Com o tempo, estabeleceu-se um escapulário reduzido para ser dado aos fiéis leigos. Dessa forma, quem o usasse poderia participar da espiritualidade do Carmelo e das grandes graças que a ele estão ligadas; entre outras o privilégio sabatino: em sua bula chamada Sabatina, o Papa João XXII afirma que aqueles que usarem o escapulário serão depressa libertados das penas do purgatório no sábado que se seguir a sua morte. As vantagens do privilégio sabatino foram ainda confirmadas pela Sagrada Congregação das Indulgências, em 14 de julho de 1908.
O escapulário é feito de dois quadradinhos de tecido marrom unidos por cordões, tendo de um lado a imagem de Nossa Senhora do Carmo, e de outro o Coração de Jesus, ou o brasão da Ordem do Carmo. É uma miniatura do hábito carmelita, por isso é uma veste. Quem se reveste do escapulário passa fazer parte da família carmelita e se consagra a Nossa Senhora. Assim, o escapulário é um sinal visível da nossa aliança com Maria. É importante destacar algumas atitudes que devem ser assumidas por quem se reveste deste sinal mariano:
• Colocar Deus em 1º lugar na sua vida e buscar sempre realizar a vontade D’ele. • Escutar a Palavra de Deus na Bíblia e praticá-la na vida.• Buscar a comunhão com Deus através da oração, que é um diálogo íntimo que temos com Aquele que nos ama.• Abrir-se ao sofrimento do próximo, solidarizando-se com ele em suas necessidades, procurando solucioná-las.• Participar com freqüência dos sacramentos da Igreja, Eucaristia e Confissão, para poder aprofundar o mistério de Cristo em sua vida.
O escapulário não é sinal de proteção mágica: não é amuleto. Não é garantia automática de salvação. Não nos dispensa de viver as exigências da vida cristã. A imposição do Escapulário do Carmo é feita uma única vez para toda a vida, por um religioso carmelita ou por um sacerdote que siga o rito estabelecido pela Igreja. A benção é dada à pessoa para que ela seja digna de vesti-lo, e não ao escapulário. O escapulário gasto pode ser substituído por outro ou por uma medalha.





Eu fui revestido com o Escapulário no dia 16 de Julho de 1996 quando estava no Noviciado da Canção Nova, neste dia consagrei minha afetividade e sexualidade aos cuidados da Virgem Maria, que pode contar sempre com os meus esforços e abertura de coração para ser digno de receber as graças desta santa devoção.




Oração A Nossa Senhora do Carmo



Santíssima Virgem Maria, Esplendor e Glória do Carmelo, olhais com especial ternura os que se revestem do vosso Santo Escapulário. Cobri-me com o manto da vossa maternal proteção, pois a Vós me consagro hoje e para sempre. Fortalecei a minha fraqueza com o vosso poder. Iluminai a escuridão do meu espírito com a vossa sabedoria. Aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Adornai a minha alma com muitas graças e virtudes. Assisti-me na vida, consolai-me na morte com a vossa presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho dedicado, para que eu possa louvar-Vos por toda a eternidade. Amém
Nossa Senhora do Carmo rogai por nós!



Padre Luizinho,Sacerdote Canção Nova.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Nossa Senhora de Mediugórie - Rainha da Paz


Nossa Senhora vem aparecendo em Mediugórie como Rainha da Paz e faz ao mundo um último apelo à conversão
Desde 24 de junho de 1981, N. Senhora vem aparecendo diariamente em Mediugórie. Ela se apresenta como Rainha da Paz e faz ao mundo um último apelo à conversão, através de 6 videntes. São as mais longas e mais intensas aparições da história e N. Senhora diz que estas são as últimas.


AMOR - "Desejo que vocês amem a todos com o meu amor, quer aos bons, quer aos maus. O amor aceita tudo o que é duro e amargo, por causa de Jesus que é amor".


Mediugórie
A história de Mediugórie, começa no século VII e aí se converteram ao Catolicismo, conservando-o corajosamente contra seitas e contra o domínio turco, entre os anos 1478 e 1878, ainda que sofrendo torturas e martírios. Os habitantes de Mediugórie são, para o mundo, um exemplo de viva fé. Mediugórie é um vilarejo situado em uma esplanada dominada por dois pedregosos montes, na região da Herzegóvina croata ( Mediugórie significa "entre colinas") e o monte mais alto chama-se Krizevac' ou Montanha da Cruz (kriz = cruz) porque ali, em 1933, os paroquianos construíram uma grande Cruz para comemorar os 19 séculos da morte e ressurreição de Nosso Salvador, Jesus Cristo.
Mediugórie, quando se iniciaram as aparições, tinha uma população de aproximadamente 400 famílias. Mediugórie, Biakovici, Miletina, Vionica e Surmanci são vilarejos pertencentes ao município de Citluk, tendo a Igreja de São Tiago, em Mediugórie,que foi inaugurada em 1969 e dirigida pelos padres franciscanos( paróquia pertence à Diocese de Mostar ). As terras cultiváveis são poucas e muito secas, porém a mesa é sempre farta e o povo muito hospitaleiro. A criação de vacas, cabras, galinhas, porcos e ovelhas e os pequenos cultivos suprem as necessidades das famílias.
Nossa Senhora abençoou de modo particular os habitantes de Mediugórie que, no início, fizeram muitos sacrifícios para hospedar, gratuitamente, todos aqueles que vinham de longe e lá permaneciam por muitos dias. Para citar outro exemplo, um senhor de Mediugórie preparou, no dia da festa da Exaltação da Santa Cruz, uma grande quantidade de água, bebidas, uvas, melancias e melões. Ele dispôs tudo em frente à casa de Vicka. Assim, todos os peregrinos que passavam por ali puderam comer e beber.


As Aparições


Na tarde do dia 24 de junho de 1981, às 17h40 (13h40, em Brasília) uma Senhora envolta em luminosa nuvem usando reluzente vestido cinza, com um véu branco na cabeça apareceu e desde então têm transformado a vida de Mediugórie (Bósnia-Herzegócina) e também do mundo. Ela se apresenta como Rainha da Paz e faz ao mundo um último apelo à conversão, através de 6 jovens: Jakov, Ivanka, Ivan, Marija , Mirjana e Vicka . São as mais longas e mais intensas aparições da nossa história e Nossa Senhora diz que estas são as últimas. Na colina, nos arredores de Mediugórie, a aparição repetiu-se nos dias seguintes e a Senhora disse chamar-se Rainha da Paz. Desde o início, Nossa Senhora tem pedido, uma fé firme, conversão a Deus e paz entre os homens, que deverão ser alcançadas através da oração, do jejum, da confissão, da leitura da Bíblia e da prática do mandamento maior - o amor.
Ivanka na época com 15 anos murmurou:

Gospa ( Nossa Senhora - em croata ). A seis jovens Nossa Senhora está confiando mensagens a serem transmitidas ao mundo inteiro e também 10 segredos que deverão ser revelados no tempo oportuno e que se referem a advertências e punições à humanidade, por causa de seus pecados. A presença de Nossa Senhora naquela vila tornou-se, para muitos, luz e anúncio de esperança e de proteção. Eis aí o único remédio capaz de salvar o homem deste final do século XX, prisioneiro de preocupações e medos gerados por uma civilização materialista. . A reação do regime comunista da época foi imediata. Procurou, por todos os meios, sufocar qualquer manifestação religiosa, perseguindo os videntes e aqueles que os apoiavam. Mesmo usando os mais duros métodos, não conseguiu apagar nem diminuir o entusiasmo daquela gente. Não demorou muito e a notícia das aparições chegou a todas as partes do mundo, começando, assim, as primeiras peregrinações. A cada dia aumentava o número de fiéis e de seguidores de diferentes religiões que vinham de todos os lugares. Também Bispos e Cardeais, um grande número de religiosos, teólogos e cientistas, pessoas de todas as culturas e condições, deixaram-se contagiar pela mensagem da Paz, abriram o seu coração a Deus e encontraram ali uma fé viva, não raramente a conversão e, freqüentemente, uma cura física. No início, as pessoas iam movidas pela curiosidade; agora, tocadas pelo espírito de oração e de conversão que encontram em Mediugórie. Todos se sentem "chamados" a ir e, quando voltam para suas casas, levam Mediugórie consigo, falam e divulgam os pedidos de Maria. Os videntes dizem ser Nossa Senhora quem chama as pessoas. Nada acontece por acaso, tudo faz parte do plano da Graça.Todo homem, qualquer que seja sua religião ou raça, é filho amado de Deus e todos são chamados à salvação.


Os videntes

Senhora tem confiado a cada um dos videntes uma missão específica a ser cumprida em benefício das outras pessoas, como trabalhar com as famílias, rezar pelos ateus, orientar grupos de oração, rezar pelo clero, pelos jovens, etc. Normalmente, os videntes não falam entre si sobre os segredos nem quanto ao entendimento do que lhes disse Nossa Senhora. Eles guardam tudo para si. Dizem que Nossa Senhora quer assim. Um dia, ao término de uma aparição, Nossa Senhora despediu os demais videntes e ficou só com o Iakov, durante uns 10 minutos; até agora, nenhum dos outros sabe o teor da conversa dele com Nossa Senhora.


PRIMEIRAS APARIÇÕES (1981)


IVANKA IVANKOVIC'
Nascida em 21.6.66, em Bijakovici foi a primeira a ver Nossa Senhora em 24.6.81. Órfã de mãe, é casada, tem 3 filhos e mora em uma vila pertencente à Paróquia de Mediugórie. Já conhece os 10 segredos. Em 7.5.85, cessaram para ela as aparições diárias. A partir daí, tem a aparição uma vez por ano, no dia 25 de junho e Nossa Senhora prometeu aparecer-lhe durante toda a sua vida.


MIRIANA DRAGICEVIC'
Nasceu em 18.3.65, em Saraievo, onde formada em Economia. Casou-se em 1989, tem duas filhas e mora em Mediugórie. Já conhece os 10 segredos. Para ela, as aparições diárias cessaram em 25 de dezembro de 1982. A partir de então, tem a aparição uma vez por ano, no dia 18 de março e Nossa Senhora prometeu parecer-lhe durante toda a sua vida. Atualmente, no dia 2 de cada mês, ela ouve a voz de Nossa Senhora no coração e reza com Ela pelos ateus e, às vezes, também A vê.

VICKA IVANKOVIC'
Nascida em 3.9.64, em Bijakovici. Freqüentou uma escola de têxteis, mas logo a abandonou para ajudar o pai nos trabalhos do campo, Vicka arava a terra e amassava folhas de fumo, pois seu pai trabalhava na Alemanha e os outros irmãos eram menores. É solteira e mora com os pais em Mediugórie. Durante muitos anos, sofreu com tumor cerebral impossível de ser retirado por operação, o que lhe causava terríveis dores de cabeça, sua mãe falou: "Mais minha filha sofre, mais a vejo alegre, não a compreendo". Durante a doença, Nossa Senhora continuava a aparecer-lhe e, uma vez, na estrada para o hospital de Zagreb, Nossa Senhora ofereceu-lhe duas opções:saúde, sem aparições, ou cruz, com aparições. Ela que estava sofrendo tão intensamente, escolheu saúde e, mais tarde, lamentou-se. Depois de quarenta dias sem ter aparições, Nossa Senhora apareceu a ela e ofereceu, mais uma vez, a oportunidade de escolha. Ela, alegremente, tomou de volta sua cruz e foi curada do tumor, em 1988). Ela já conhece 9 segredos. Até hoje tem as aparições diariamente.


MARIA PAVLOVIC'
Filha de modestos agricultores, nasceu em 1.4.65, em Bijakovici. Fez curso de cabeleireira em Mostar. Dentre os videntes, era a mais assídua na oração, antes das aparições. É casada, tem dois filhos e reside ora em Mediugórie, ora na Itália. Através dela, no dia 25 de cada mês, Nossa Senhora dá a sua mensagem mensal para o mundo. Até agora foram-lhe confiados 9 segredos. Tem ainda as aparições diariamente. Em dezembro de 1988, submeteu-se a uma cirurgia para doar um dos seus rins ao seu irmão Andreja. Durante a operação, na mesa de cirurgia, com o terço na mão, sob o efeito da anestesia, Nossa Senhora apareceu-lhe e sorriu. A vidente contou que a Virgem esteve com ela, parece-lhe, por duas horas. Durante o período de convalescença, Nossa Senhora continuou aparecendo para ela durante a Comunhão, mas não falava.


IVAN DRAGICEVIC'
Nasceu em 25.5.65, em Bijakovici. Prestou o serviço militar. É casado, tem uma filha e vive em Mediugórie. Também a ele já foram confiados 9 segredos. Nossa Senhora aparece-lhe diariamente.


IAKOV COLO
Nasceu em 6.3.71, em Bijakovici. É o mais novo dos videntes. Como Ivanka, ficou órfão da mãe e, depois, do pai. É casado, tem uma filha e mora em Mediugórie. Já conhece 9 segredos e tem as aparições diariamente.

Sinais de Mediugórie


A indescritível beleza de Nossa Senhora


A Virgem Maria aparece como uma lindíssima jovem. Sua voz é harmoniosa, parece uma canção; tem cabelos longos e escuros, olhos azuis e face rosada. Usa, normalmente, um vestido de cor cinza e véu branco. Sobre a cabeça, uma coroa de 12 estrelas. Os pés estão apoiados em nuvem que não toca o chão.

Nossa Senhora apareceu a outras pessoas


Certo dia, Ela apareceu na Igreja e foi vista por paroquianos, peregrinos e um sacerdote. Outra vez, apareceu na Montanha da Cruz, permanecendo ali durante 35 minutos, sendo admirada por várias pessoas presentes.
Anjo prepara Jelena para falar com Nossa Senhora
A jovem estudante, Jelena (pronuncia-se Iélena), foi visitada algumas vezes por um anjo que lhe falava dos planos de Nossa Senhora. Ela e Mariana vêem e ouvem a Virgem Maria, diariamente, com o coração, quando estão em oração profunda (Locução Interior).


Sinais vistos em Mediugórie


Grandes chamas foram vistas na Colina das Aparições, mas nada ficou queimado . No céu, apareceu a palavra MIR (paz), em letras douradas, vinda da Montanha da Cruz em direção à Igreja. Quase todos os peregrinos que vão a Mediugórie afirmam ver sinais no sol, na lua e nas estrelas.
Curas físicas e espirituais
Centenas de curas milagrosas estão documentadas no escritório paroquial. As curas espirituais e as conversões ocorrem de forma constante e torrencial.
Padre é preso, mas cela fica aberta
No início das aparições, o governo - comunista, na época - determinou a prisão do vigário, Padre Iozo. As fechaduras das celas em que ficava, mesmo sendo trocadas várias vezes, não fechavam. As luzes acendiam sozinhas em sua cela. Os policiais desligavam o interruptor, mas a luz permanecia acesa ou voltava a acender.


Os Segredos para a Humanidade


Nossa Senhora confiou aos jovens 10 segredos, sobre acontecimentos que sobrevirão, em breve, à humanidade. Por escolha de Miriana e com o consentimento de Nossa Senhora, o Padre Petar divulgará para todo o mundo cada segredo, 3 dias antes de ocorrer. O 3º segredo será um GRANDE SINAL visível, palpável e permanente, a ser deixado na Colina das Aparições. Os jovens já o contemplaram, em visão. Depois dele, os incrédulos sentirão grande sofrimento interior, um terrível remorso. Eles acreditarão, mas não haverá mais tempo para a conversão. Após a realização do 10º segredo, o poder de satanás será destruído e um Novo Pentecostes marcará o início de um Novo Tempo. Estes segredos constam do documento entregue por Nossa Senhora a Miriana. Só Miriana consegue ler ali os segredos. As outras pessoas vêem um trecho da Bíblia, um cântigo, uma mensagem, etc. Fragmento deste documento foi examinado por cientistas que afirmam ser sua composição de origem desconhecida na Terra. Este período que antecede os acontecimentos é um TEMPO DE GRAÇA que Deus está concedendo para a nossa conversão.

sábado, 4 de julho de 2009

JERUSALÉM

História de Jerusalém

A cidade de Jerusalém tem uma história que data do 4º milênio a.C., tornando-a uma das mais antigas do mundo.Jerusalém é a cidade santa no Judaísmo e o centro espiritual dos judeus desde o século 10 a.C. contém um número de significativos lugares antigos cristãos, e é considerada a terceira cidade santa no Islão.

Cerâmicas indicam a ocupação de Ophel, dentro da atual Jerusalém, desde a Idade do Cobre, ao redor do Quarto milênio a.C. com evidências de assentamentos permanentes durante o começo da Idade do Bronze, 3000-2800 a.C. Os Textos de Execração (c. do século 19 AC), que se referem a uma cidade chamada Roshlamem ou Rosh-ramem e as Cartas de Amarna (c. século XIV a.C.) podem ser os primeiros a falar da cidade. Alguns arqueólogos, incluindo Kathleen Kenyon, acreditam que Jerusalém como cidade foi fundada pelos povos Semitas ocidentais com assentamentos organizados em cerca de 2600 a.C.. Segundo a tradição judaica, a cidade foi fundada por Shem e Eber, antepassados de Abraão. Nos contos bíblicos, Jerusalém era uma cidade Jebusita até o século X a.C., quando Davi conquistou-a e fez dela a capital do Reino Unido de Israel e Judá (c. 1000s a.C.) recentes escavações de uma grande estrutura de pedra são interpretadas por alguns arqueólogos como crédito à narrativa bíblica.


Períodos Templários


O rei Davi reinou até 970 a.C. Ele foi sucedido pelo seu filho Salomão, que construiu o Templo Sagrado no Monte Moriá. O Templo de Salomão (mais tarde conhecido como o Primeiro Templo), passou a desempenhar um papel central na história judaica como o lugar onde estava guardada a Arca da Aliança.Ao longo de mais de 600 anos, até à conquista babilônia, em 587 a.C., Jerusalém foi a capital política e religiosa dos judeus.Este período é conhecido na história como o Período do Primeiro Templo. Após a morte de Salomão (c. 930 a.C.), as dez tribos do norte se uniram para formar o Reino de Israel. Sob a liderança da Casa de David e Salomão, Jerusalém continuou a ser a capital do Reino de Judá.

Quando a Assíria conquistou o Reino de Israel, em 722 a.C., Jerusalém foi fortalecida por um grande afluxo de refugiados provenientes do norte do reino. O Primeiro Período Templario acabou em cerca de 586 a.C., quando os Babilônios conquistaram Judá e Jerusalém, e devastaram o Templo de Salomão.Em 538 a.C., após cinquenta anos do exílio na Babilônia, o rei persa Círio o Grande convidou os judeus a regressarem à Judá e Jerusalém e reconstruirem o Templo. A construção do Segundo Templo de Salomão foi concluído em 516 a.C., durante o reinado de Dario o Grande, setenta anos depois da destruição do Primeiro Templo. Jerusalém retomou o seu papel de capital de Judá e centro de culto judaico. Quando o comandante grego Alexandre o Grande conquistou o império persa, Jerusalém e Judéia caíram sob controle grego, e em seguida sob a dinastia ptolomaica sob Ptolomeu I. Em 198 a.C., Ptolomeu V perdeu Jerusalém e a Judéia para o Selêucidas sob Antíoco III. A tentativa Selêucida de retomar Jerusalém do dominio grego teve sucesso em 168 a.C. com a bem sucedida revolta macabéia de Matatias, o Sumo Sacerdote e os seus cinco filhos contra Antíoco Epifanes, e a criação do Reino Hasmoneus em 152 a.C., novamente com Jerusalém como capital.