domingo, 28 de junho de 2009

SÃO PEDRO E SÃO PAULO


São Pedro e São Paulo, são as colunas fundamentais da fé da Igreja. O que podemos destacar destes dois grandes apóstolos, entre tantas características, obras e testemunhos de cada um deles? Pedro e Paulo são diferentes por natureza, mas idênticos no amor a Cristo e à Igreja. Jesus muda o nome dos dois: Simão passa a se chamar Pedro, e Saulo, por sua vez, Paulo. Ambos têm um encontro com Jesus ressuscitado: Pedro sobre as margens do Jordão e no Lago de Tiberíades, Paulo sobre o caminho de Damasco. Ambos dão a vida por Cristo até o martírio em Roma. Dois santos, podemos dizer, que nunca estão parados. Homens como nós, com tantas fraquezas, medos, capazes de trair, mas que têm plena confiança em Cristo. E Jesus confia neles. Pedro deve repetir por três vezes o seu amor. Paulo repete infinitas vezes que ele, perseguidor, tornou-se apóstolo somente pela graça.Falando de Pedro e Paulo, podemos falar da grandeza e santidade que eles representam, mas podemos também falar das suas fraquezas e dos seus pecados, e aí, descobrimos que é a mesma coisa, porque é exatamente a bondade e a misericórdia do Senhor que muda o coração deles e os transforma até se tornarem de pecadores a grandes santos e a transformar suas vidas num amor humilde e apaixonado pelo Senhor Jesus. Pedro demonstrou várias vezes o seu caráter, a sua fraqueza, o seu cansaço para entender o coração de Jesus. Lembremo-nos quando Jesus lhe diz: “afasta-te de mim, Satanás!”; ou quando caminhando sobre as águas, duvida e Jesus lhe diz: “homem de pouca fé!” Mas, sobretudo é humano e fraco no momento da paixão de Jesus. Ele que tinha afirmado: “mesmo que todos os outros te abandonem, eu jamais te abandonarei”, o que pouco depois cai por terra quando constatamos a sua fraqueza quando ele nega por três vezes a Jesus, jurando nunca tê-lo visto. Entretanto, é esta pobreza de Pedro que encontra o olhar misericordioso de Jesus e por ele se deixa curar. Depois da ressurreição, às perguntas repetidas de Jesus se o ama, ele responde: “sim, Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo, tu sabes como te amo”. E a sua vida, mesmo em meio às dificuldades e fraquezas, será sempre a demonstração deste amor apaixonado pelo seu Senhor, até a prisão, às viagens, e, finalmente, ao martírio.Também Paulo, fariseu convicto, fanático, perseguidor ferrenho dos cristãos, colaborador do martírio de Estevão, é alcançado por Jesus que transforma o seu coração, gastando toda a sua vida numa missão contínua dirigida aos vários povos que ele pôde alcançar. Até o momento no qual pode afirmar: “combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Não me resta outra coisa senão esperar a coroa da justiça que o Senhor, o justo juiz, preparou para mim. O Senhor veio em meu auxílio e me deu forças” (II leitura).Homens frágeis, pecadores, transformados pela misericórdia do Senhor e pela força do seu Espírito. Deram a vida pelo Senhor e estabeleceram as bases da comunidade cristã, a Igreja, destinada a se espalhar em todo o mundo. Aquela de Pedro e Paulo é a nossa humanidade resgatada; também nós não devemos nunca ficar desencorajados diante das nossas fraquezas, de nossas dúvidas, de nossa falta de fé, mas sempre renovar o nosso amor ao Senhor.Dois apóstolos diferentes, ambos colunas fundamentais da Igreja, garantindo a unidade desta. Pedro recebe o carisma, isto é, o dom e a tarefa, de ser referência para a unidade e a comunhão entre os que acreditam em Cristo, através do serviço à verdade. Pedro é a pedra sobre a qual Cristo quis edificar a sua Igreja, a sua comunidade e a ele confia as chaves do Reino. Paulo recebeu a tarefa de difundir a palavra de verdade, o Evangelho, até os confins da terra, por isso, é chamado o Apóstolo das nações, pregando e fundando comunidades cristãs, pregando Cristo.


(Créditos do blog:http://pecarlos.blogspot.com/)


RUAH, Sopro de Vida



RUAH em hebraico significa 'hálito', 'vento', relacionado com a respiração, portanto, sinal de vida, princípio de vida. Assim foi que o homem transformou-se num ser vivo quando Deus espalhou sobre ele o seu hálito vital. O homem vive enquanto o hálito de Deus está nele, quando Deus o retira, ele volta a ser pó. Desse modo, RUAH significa a relação dinâmica entre o homem e Deus, e não a oposição entre espírito e matéria, como ocorre na cultura grega.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

ASSOCIAÇÃO ALIANÇA DE MISERICÓRDIA



História
A Associação Aliança de Misericórdia foi fundada em 25/10/2000 pelos sarcedotes Antonello Cadeddu e Enrico Porcu, a realidade da cidade de São Paulo é marcada por profundas desigualdades sociais, o que traz conseqüências sociais gravíssimas. Esta realidade chamou a atenção dos padres que fundaram a Aliança de Misericórdia no intuito de levar a estas pessoas ações concretas que possam inserí-las de forma digna na sociedade.A Aliança de Misericórdia está localizada em 34 cidades do Brasil, além de uma unidade na Itália e Portugal. Os programas, projetos e ações da entidade priorizam a população em situação de rua e moradores de favelas. Para realização de sua missão a entidade conta com Casas de Acolhida, Creches, Programa Presencial de Assistência à População em Situação de Rua, Centro de Apoio a Família em Situação de Alta Vulnerabilidade Social, Centro de Apoio à População em Situação de Rua, Moradores de favelas e regiões periféricas, programas de lazer, cultura, educação e qualificação profissional, são beneficiadas mais de 7000 pessoas por mês com este trabalho.
Missão
Resgatar a dignidade humana, moral e cultural daqueles que vivem em situação de exclusão social, através de programas, projetos e ações que possam inserir na sociedade seres humanos plenamente restaurados em sua civilidade.
Visão
Promover a paz e os direitos humanos amparados por valores de solidariedade e amor, visando alcançar a grandeza que há em todo ser humano, sendo uma ponte de serviços que atendam a todos.
Princípio e Valores
Somos Cristãos;
Capacitação e valorização Humana;
Primazia do atendimento à população de rua;
Eficácia na administração dos recursos financeiros;
Qualidade técnica;
Transparência;
Responsabilidade e compromisso social.
Objetivos Estatutários
I– Prestar, gratuitamente, assistência social e amparo à criança e ao adolescente carentes, à população em situação de rua, a famílias empobrecidas, de modo a promover a sua inserção na sociedade e exercício da cidadania, satisfazer suas necessidades básicas na formação moral, intelectual e de promoção humana através de acolhimento, se o caso.
II – Promover cursos de capacitação profissional e a formação de cooperativas, microempresas e empresas para a reintegração social dos usuários do programa.
III – Colaborar com entidades públicas e privadas, religiosas ou leigas, para melhor consecução dos fins sociais, bem como receber colaborações dessas mesmas entidades e outras.
IV – Realizar, promover, patrocinar e encampar eventos musicais, sociais, esportivos e culturais, bem como utilizar-se de meios de comunicação radiofônica, televisiva, eletrônica, impressa, digital e outros, além de toda e qualquer atividade, em qualquer âmbito, para concretização dos seus objetivos.
V – Promover a cultura.
VI – Promover a defesa, preservação e conservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.
VII – Promover o voluntariado.
VIII – Promover o desenvolvimento econômico e social e o combate à pobreza.
IX – Promover experiências, não lucrativas, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio e emprego.
X – Promover direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar.
XI – Promover valores da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais.

Área de Atuação
Arte e cultura;
Assistência Social;
Desenvolvimento Humano;
Educação;
Habitação;
Meio-ambiente;
Rádio, Tv e Internet;
Saúde.
Assist. População de Rua
Casa Restaura-me
Rua Monsenhor Andrade, 746 - Brás - São Paulo - SPTel.: 11 3326-7134 / 3228 6503 E-mail:
restaurame@misericordia.com.br

Por meio do Programa de Assistência a População em Situação de Rua atende 280 pessoas por dia, entre elas crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de rua, oferecendo o serviço de assistência social, médica, odontológica, psicológica, jurídica, arte, cultura, alimentação e higiene, além do trabalho de triagem.
O trabalho de triagem é a primeira fase do Programa das Casas de Acolhida. É realizado o encaminhamento das crianças e adolescentes, bem como dos adultos às Casas de Acolhida da entidade introduzindo-os no processo de ressocialização.
Acolhida de Adultos
São abrigos para jovens, adultos e idosos provindos das ruas que se encontravam em situação de alta vulnerabilidade social. Tem como objetivo o resgate da dignidade humana, bem como promover sua reinserção familiar e social.
Acolhida de Crianças e Adolescentes
São abrigos para crianças e adolescentes provindos das ruas, vítimas de violência doméstica, negligência e maus-tratos, que se encontravam em situação de alta vulnerabilidade social. Tem como objetivo o resgate da dignidade humana bem como promover sua reinserção familiar e comunitária.

Projeto Academia de Artes Marciais
Localizado na região Parque de Taipas, município de São Paulo, tem como objetivo a formação, desenvolvimento de vocações e apoio na ressocialização de 80 crianças e adolescentes atendidos integralmente na Casas Abrigos NAIM por meio do esporte, priorizando e ampliando a prática das Artes Marciais nas modalidades: judô, jiu jitsu, boxe e karate.
Projeto Escola de Arte e Cultura Avoarte:
Localizado na Casa Restaura-me o projeto tem como foco combater o alto índice de crianças e adolescentes em situação de rua na região do Brás, próximo ao centro de São Paulo, por meio de oficinas de circo, dança, teatro, artes plásticas e música. É destinado a 90 crianças e adolescentes que freqüentarão este espaço diariamente.
Projeto Fortalecendo Laços
Em parceria com o Instituto HSBC e a Fundação Abrinq Pelos Direitos da Criança e Adolescente, tem como objetivo oferecer subsídios para reestruturação socioeconômica e educativa da família biológica das crianças e adolescentes inseridos nos Abrigos Casas NAIM com o intuito de promover a reintegração familiar e social.
Projeto Rahamin
O Projeto Rahamin em parceria com o Programa Amigo Real do Banco Real tem como objetivo evitar a permanência de crianças e adolescentes por tempo indeterminado nos abrigos, enquanto não é possível que os vínculos familiares sejam reatados. Sua proposta busca oferecer auxílio, orientação e apoio às famílias naturais durante o tempo de permanência destas crianças e adolescentes nos abrigos da entidade ou inseri-las em uma “família acolhedora”.
Projeto Vida Nova
Atende mulheres de baixa renda, provindas das favelas de São Paulo, através de cursos profissionalizantes de costura, estilismo e modelagem. Após a finalização do curso, estas mulheres são inseridas em projeto de geração de renda da entidade.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

JOÃO BATISTA




João Batista foi um pregador judeu,segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e considerado pelos cristãos como o precursor do prometido Messias, Jesus Cristo. Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o baptismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adotados pelo cristianismo.
João nasceu numa pequena aldeia chamada Aim Karim, a cerca de seis quilômetros lineares de distância a oeste de Jerusalém.Segundo interpretações do Evangelho de Lucas, era um nazireu de nascimento. Outros documentos defendem que pertencia à facção nazarita da Palestina, integrando-a na puberdade, era considerado, por muitos, um homem consagrado. De acordo com a cronologia, João teria nascido no ano 7 a.C.; os historiadores religiosos tendem a aproximar esta data do ano 1º, apontando-a para 2 a.C..
Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimónia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino. A sua educação foi grandemente influenciada pelas acções religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada "as filhas de Araão", as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa da altura.
Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação sistemática judaica, todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem "escolar". Em Judá não existia uma escola, pelo que terá sido o seu pai e a sua mãe a ensiná-lo a ler e a escrever, e a instruí-lo nas actividades regulares.
Aos 14 anos há uma mudança no ensino. Os meninos, graduados nas escolas da sinagoga, iniciam um novo ciclo na sua educação. Como não existia uma escola em Judá, os seus pais terão decidido levar João a Engedi (atual Qumram) com o fito de este ser iniciado na educação nazarita.
João terá efetuado os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes, o deixar o cabelo crescer, e o não tocar nos mortos. As ofertas que faziam parte do ritual foram entregues em frente ao templo de Jerusalém como caracterizava o ritual.
Engedi era a sede ao sul da irmandade nazarita, situava-se perto do Mar Morto e era liderada por um homem, reconhecido, de nome Ebner.
O pai de João, Zacarias, terá morrido no ano 12 d.C.. João teria 18-19 anos de idade, e terá sido um esforço manter o seu voto de não tocar nos mortos. Com a morte do seu pai, Isabel ficaria dependente de João para o seu sustento. Era normal ser o filho mais velho a sustentar a família com a morte do pai. João seria filho único. Para se poder manter próximo de Engedi e ajudar a sua mãe, eles terão se mudado, de Judá para Hebrom (o deserto da Judeia). Ali João terá iniciado uma vida de pastor, juntando-se às dezenas de grupos ascetas que deambulavam por aquela região, e que se juntavam amigavelmente e conviviam com os nazaritas de Engedi.
Isabel terá morrido no ano 22 d.C. e foi sepultada em Hebrom. João ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que se tornou um “objetivo de vida” - pregar aos gentios e admoestar os judeus, anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”.
De acordo com um médico da Antioquia, que residia em Písia, de nome Lucas, João terá iniciado o seu trabalho de pregador no 15º ano do reinado de Tibério. Lucas foi um discípulo de Paulo, e morreu em 90. A sua herança escrita, narrada no "Evangelho segundo São Lucas" e "Atos dos Apóstolos" foram compiladas em acordo com os seus apontamentos dos conhecimentos de Paulo e de algumas testemunhas que ele considerou. Este 15º ano do reinado de Tibério César terá marcado, então, o início da pregação pública de João e a sua angariação de discípulos por toda a Judeia em acordo com o Novo Testamento.
Esta data choca com os acontecimentos cronológicos. O ano 15 do reinado de Tibério ocorreu no ano 29 d.C.. Nesta data, quer João Baptista, quer Jesus teriam provavelmente 36 a 37 anos de idade.
É perspectiva comum que a principal influência na vida de João terá sido o registos que lhe chegaram sobre o profeta Elias. Mesmo a sua forma de vestir com peles de animais e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias. Foi muitas vezes chamado de “encarnação de Elias” e o Novo Testamento, pelas palavras de Lucas, refere mesmo que existia uma incidência do Espírito de Elias nas acções de João.
O Discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente. Os judeus defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com achegada do Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por uns e desprezado por outros.
Importante notar que João não introduziu o baptismo no conceito judaico, este já era uma cerimónia praticada. A inovação de João terá sido a abertura da cerimónia à conversão dos gentios, causando assim muita polémica.
Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias). Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe, rei da Ituréia e Traconites (irmão de Herodes Antipas I). Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.
Pessoalmente para João, o ba
tismo de Jesus terá sido o seu auge experiencial. João terá ficado admirado por Jesus se ter proposto para o baptismo. Esta experiência motivou a sua fé e o seu ministério adiante.
João batizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é resumida, mas denota alguns fatores fundamentais no sentimento da experiência de João. Nesta altura João encontrava-se no auge das suas pregações. Teria já entre os 25 e os 30 discípulos e batizava judeus e gentios arrependidos. Neste tempo os judeus acreditavam que Deus castigava não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes. Eles acreditavam que apenas um judeu poderia ser o culpado do castigo de toda a nação. O batismo para muitos dos judeus não era o resultado de um arrependimento pessoal. O trabalho de João progredia.
Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado com o qual Me alegro”. Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas religiosas.
O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata e depois foi queimado em uma fogueira numa das festas palacianas de Herodes.
Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.
João era um judeu de educação. Toda a filosofia judaica foi-lhe incutida desde criança. No tempo de João Batista o povo vivia subjugado à soberania dos chamados gentios havia quase cem anos. A desilusão nacional levantava inúmeras questões a respeito dos ensinamentos de Moisés, do desocupado trono de Davi e dos pecados da nação.
Era difícil de explicar na religião daquele povo a razão pela qual o trono de Davi se encontrava vazio. A tendência do povo era justificar os acontecimentos adversos com um provável “pecado nacional”, tal como tinha acontecido anteriormente no cativeiro da Babilónia, e outros mais.
Os judeus acreditavam na previsão de Daniel a respeito do Messias, e consideravam que a chegada desse prometido iniciaria uma nova época – a do Reino do céu. A pregação de João é fortemente influenciada pela antevisão do "Reino dos Céus". E os ouvintes acreditavam que o esperado Messias estaria para chegar e restaurar a soberania do povo que eles definiam como escolhido, e iniciar uma nova época na Terra: a época de justiça.
A pergunta era quando. A fé de todos defendia que seria ainda naquela geração, e João vinha confirmar o credo. A fama da sua pregação era o facto deste pregador ser tão convicto ao anunciar o Messias para breve. Milhares de pessoas, na sua ânsia pela liberdade acreditavam devotamente em João e nas sua admoestações.
Muitos judeus acreditavam que o Reino dos Céus iria ser governado na terra por Deus em via directa. Outros acreditavam que Deus teria um representante – o Messias, que serviria de intermediário entre Deus e os Homens. Os judeus acreditavam que esse reino seria um reino real, e não um reino espiritual como os cristão mais tarde doutrinaram. Foi esse o motivo da negação de Jesus como o Messias, por parte da maioria do povo Judeu.
João pregava que o "Reino de Deus" estaria "ao alcance das mãos" e essa pregação reunia em sua volta centenas de pessoas sedentos de palavras que lhes prometessem que o seu jugo estava próximo do fim.
João escolheu o Vau de Betânia para pregar. Este local de passagem era frequentada por inúmeros viajantes que levavam a mensagem de João a lugares distantes. Isto favoreceu grandemente o espalhar das suas palavras. Quando ele disse "até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão" ele referia-se à 12 pedras que Josué tinha mandado colocar na passagem do rio, simbolizando as doze tribos, na primeira entrada do povo na Terra Prometida.
João era um pregador heróico. Ele falava ao povo expondo os líderes iníquos e as suas transgressões. Quando o assemelhavam a Elias, era porque este tinha o mesmo aspecto rude e admoestador do seu antecessor. João não queria simpatia. Ele pregava a mudança, chamava "raça de víboras" e com o indicador apontado, tal como Elias o tinha feito anteriormente, e isto o categorizou como profeta.
João tinha discípulos. Isto significa que ele ensinava. Ele tinha aprendizes com quem dispensava algum tempo em ensinar. Havia interesse nas suas palavras e filosofia nos seus ensinamentos.
Herodes “o Grande” conquistou o lugar de governador da Galileia em 44 a.C.. Dirigiu uma batalha contra os Hasmoneus que o levaram ao Sanhédrin (Sinédrio) para ser julgado, invocando a pena capital. Hircano II concedeu-lhe a deportação para a Síria, que na altura era uma província romana. Na Síria, e por intermédio da autoridade romana foi estabelecido como governador de uma província chamada Coele Síria – capital do povo de Israel em tempos remotos.
Herodes liderou a defesa dos ataques de Aristóbulo II. Isto promoveu uma amizade com Marco António e como resultado dessa amizade obteve o seu coroamento em 40 a.C.. Foram precisos mais três anos para que chegasse a Jerusalém e se tornasse pleno soberano na Judeia, em 37 a.C., tendo morrido 33 anos depois. Os dias do seu reinado começaram a contar a partir de 37 a.C., data da conquista de Jerusalém.
Herodes morreu em 4 a.C. e era vivo na altura do nascimento de Jesus e de João Baptista, tal como é manifesto em todos os registos.
Quando Marco António morreu, Herodes mudou a sua estratégia política colocando-se ao lado de Octaviano, o auto-intitulado César Augusto. Foi este o César que decretou o recenseamento de todo o império romano no 3º mês do ano 8 a.C., por forma a melhorar o processo de colecção de impostos e tributos.
Os judeus sempre ofereceram resistência a este tipo de contagem do povo. (I crónicas 21) Por este motivo, no reino de Herodes, essa contagem sofreu um atraso de 1 ano, sendo protelada até ao 7aC, com uma enorme intervenção de Hillel (Aliyah) que era o ha-Nasi (presidente do Sanhédrin desde 30 a.C. a 10 d.C.).
Jesus nasceu no ano do recenseamento. José foi a Belém para recensear a sua família, e foi em Belém que Jesus Nasceu. Em Belém o registo da ocorrência do recenseamento do povo ocorre no mês 8º do ano 31 do reinado de Herodes “o grande”, tendo este morrido 2 anos depois em 4 a.C.. Isto coloca o nascimento de Jesus em Agosto de 7aC.
Segundo o registo do Evangelho segundo São Lucas, Isabel estaria com 6 meses de gestação quando foi visitada por Maria. E Maria já sabia estar grávida o que carecia pelo menos de 1 mês para o efeito. Considerando estes dados, poderíamos dizer que os meninos teriam 5 meses de diferença, o que remeteria o nascimento de João para o segundo mês do mesmo ano – Fevereiro de 7 a.C..

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Batista






terça-feira, 23 de junho de 2009

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


Adicionar vídeo
Sagrado Coração de Jesus é uma devoção praticada pela Igreja Católica que se comemora todas as primeiras Sextas-feiras de cada mês. Consiste na veneração do Coração de Jesus.
A origem desta devoção deve-se a
Santa Margarida Maria Alacoque, uma religiosa de uma Congregação conhecida como Ordem da Visitação. A Santa Margarida Maria teve extraordinárias revelações por parte de Jesus Cristo, que a incumbiu pessoalmente de divulgar e propagar no mundo esta piedosa devoção. Foram três as aparições de Jesus: A primeira, deu-se a 27 de Dezembro de 1673, a segunda em 1674 e, a terceira, em 1675.
Jesus deixou doze grandes promessas às pessoas que, aproveitando-se da Sua divina misericórdia, participassem das comunhões reparadoras das primeiras sextas-feiras. Disse Ele, numa dessas ocasiões a Santa Margarida: "Prometo-te, pela Minha excessiva misericórdia e pelo amor todo-poderoso do meu Coração, conceder a todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final; não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os sacramentos, e Meu Divino Coração lhes será seguro refúgio nessa última hora".


terça-feira, 16 de junho de 2009

A MULHER CANANÉIA


E eis que uma mulher Cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada. Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás de nós. Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.

(Mateus 15:21-28)


Por vezes, estamos tão agarrados ao nosso Senhor juntamente com o nosso grupo que nos esquecemos que existem neste mundo, fora de nós, seres aparentemente insignificantes aos nossos olhos vistos pelos olhos da nossa fé, que são significativos para Deus. Esquecemo-nos que Deus anda também nos corações e na vida daqueles outros que são os estrangeiros para nós, que são as mulheres para nós, que são os cães para nós. Os que nós marginalizamos, os que pomos à margem, os que deixamos fora de nós, os que nós achamos que não interessam.

Jesus veio, incluir toda a gente no seu Reino, Judeus e não judeus como nos diz o apóstolo Paulo na sua carta, não excluindo ninguém, nem o estrangeiro, como diz o profeta Isaías, não deixando ninguém de fora. Veio trazer todos para o seu colo, veio tocar a todos com a sua mão. Veio salvar a todos, mesmo aqueles que aparentemente aos nossos olhos não merecem a compaixão de Jesus.
Jesus não teve pena desta mulher. Ele praticamente a ignorou e no entanto, este ser quase insignificante que esta mulher aceitou ser, perseverou forte na sua fé e apelou da baixeza da sua insignificância que ela assumiu. Perseverou na sua fé apesar da sua situação desesperada. E Jesus recompensou-a, ele deu-lhe a salvação, que ela nem sequer pedia para ela, mas para a sua filha.

Também nós, muitas vezes nos sentimos tão insignificantes, tão desesperados, que desistimos de chamar o nosso Senhor, de lhe suplicar. “O Senhor não nos ouve, eu sou demasiado pecador, se eu tivesse fé Ele já me teria ouvido certamente.” São algumas das frases que dizemos ou pensamos. Esta mulher não desistiu, a sua fé prevaleceu e Cristo atendeu ao seu pedido. A fé salva e se Deus achar por bem, Ele atenderá o nosso pedido se e quando Ele quiser, a Seu tempo. A salvação a que se chega pela fé por meio de Jesus Cristo, não nos traz aquilo que nós queremos quando queremos. Não. Quando Jesus diz: “Ó mulher, grande é a tua fé, pois seja como tu queres”, isto poderia ser interpretado como uma vitória da vontade daquela mulher. Não. É uma vitória da sua fé. É Jesus quem decide fazer-lhe a vontade, mas porque ele quis curar a filha. A fé é uma entrega total de nosso ser nas mãos de Jesus. Esta mulher entregou todo o seu ser de mãe nas mãos de Jesus, ela confiou plenamente, depositou a sua esperança nele, entregou a sua vida e Jesus curou-lhe a filha para que esta mãe pudesse ter vida em abundância. E é a vida em abundância que Jesus vem oferecer e a fé pode alcançar. Jesus achou que vida em abundância para aquela mulher seria curar-lhe a filha.
Apesar de nos podermos sentir em sofrimento como aquela mulher por causa da sua filha, apesar de nos podermos sentir insignificantes como aquela mulher, Jesus vem dizer-nos hoje para não o abandonarmos, para continuar a chamar por ele, para conservarmos a nossa fé, a nossa esperança. Se assim fizermos, Deus, a Seu tempo irá nos encontrar com a sua Salvação, com a vida eterna.
Jesus vem também dizer-nos hoje, que a certeza da nossa fé não pode deixar-nos cegos aos excluídos. Não. Nós temos de olhar com os olhos de Cristo, tocar com as mãos de Cristo que abraça o universo inteiro. Temos de tocar com a nossa fé os outros, mas também sermos tocados pela fé deles. Temos de abrir a Igreja às mulheres, aos estrangeiros, aos cães dos dias de hoje. Devemos e podemos ver nos outros, naqueles que são os mais insignificantes aos nossos olhos, alguém que também pode transportar o Espírito do Cristo ressuscitado consigo e que nos pode ensinar e mostrar o que significa ter fé.
Jesus disse aquela mulher: “Ó mulher, grande é a tua fé”, que Ele nos diga a nós também.

sábado, 13 de junho de 2009

Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus...

Naqueles dias apareceu João, o Batista, pregando no deserto da Judéia,
dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.
Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto; Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
Ora, João usava uma veste de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
Então iam ter com ele os de Jerusalém, de toda a Judéia, e de toda a circunvizinhança do Jordão,
e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
Mas, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento,
e não queirais dizer dentro de vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
E já está posto o machado á raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.
Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo.
( MATEUS 3: 1-11)


REFLITA:
O significado básico de arrependimento é "voltar-se ao contrário", dar uma volta completa. Trata-se de abandonar os maus caminhos e voltar-se para CRISTO e, através dELE, para DEUS.
A decisão de abandonar o pecado e querer a salvação em CRISTO, importa em aceitar CRISTO não somente como Salvador da penalidade do pecado, mas também como SENHOR da nossa vida. Por conseguinte, o arrependimento envolve uma troca de senhores; do senhorio satanás, para o SENHORIO DE CRISTO e da sua Palavra.
O arrependimento é uma decisão livre, da parte do pecador, possibilitada pela graça divina capacitadora que lhe é concedida quando ele ouve o evangelho e nele crê.

O batismo de Jesus


Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu.Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele;e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
(Mateus 3: 13- 17)


REFLITA:
Jesus foi batizado por João Batista pelas seguintes razões:
-Para cumprir toda a justiça, Cristo mediante o batismo, consagrou-se publicamente a DEUS, e assim cumpriu a justa exigência de DEUS.
-Para identificar-se com os pecadores; embora o próprio JESUS não precisasse de arrependimentode pecado.
- Para associar-se com o novo movimento da parte de DEUS, pelo qual ELE chamava todos ao arrependimento.
O batismo de JESUS é uma grandiosa manifestação da realidade da TRINDADE. JESUS CRISTO, declarado igual a DEUS é batizado no Rio Jordão, o ESPÍRITO SANTO, que também é igual ao pai, desce sobre JESUS em forma de pomba. O pai declara que se compraz em JESUS. Temos, portanto, neste ato as três pessoas divinas iguais, a SANTÍSSIMA TRINDADE.
A doutrina da Trindade mostra que as três pessoas divinas subsistem em tal unidade que constituem o DEUS UNO.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Paulo de Tarso, O EMISSÁRIO

Eram os primeiros anos da Igreja. Saulo, judeu da tribo de Benjamin, nascido em Tarso na Cilícia, foi fulgurado pelo encontro com o Cristo. Saulo é fariseu, mas goza de todos os direitos de cidadão romano. Educado em Jerusalém por Gamaliel, inimigo declarado de Jesus Cristo, é um dos perseguidores do diácono Estevão. Depois da morte de Estevão, participa com fúria tenaz da perseguição insurgida pelos judeus contra a Igreja de Jerusalém. Retira os cristãos e os faz aprisionar. Ele mesmo pede ao sumo sacerdote que lhe dê cartas de apresentação para as sinagogas de Damasco para conduzir prisioneiros a Jerusalém os cristãos daquela cidade.
Enquanto se encontrava na estrada de Damasco para iniciar a sua empreitada, uma luz fulgurante o derruba por terra e uma voz o interroga: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Saulo derrubado, chega cego à cidade. Ananias, avisado por revelação divina sobre o acontecimento, o batizará. Paulo começa nas sinagogas a anunciar a ouvintes estupefatos que Jesus é o Filho de Deus, conforme a narração no livro dos Atos dos Apóstolos 9,1-22.
“Quem és, Senhor?”, havia perguntado Saulo à voz que o tinha derrubado do cavalo. “Eu sou Jesus que tu persegues”. A evidência da fulguração transformou o perseguidor dos cristãos: “Senhor, que queres que eu faça?” Do ódio ao amor o passo é breve, Jesus de Nazaré se mostra o Cristo e abate o orgulho do homem, fazendo-o instrumento escolhido para levar o seu nome aos gentios. O preço é um só: “Mostrar-te-ei quanto deverás sofrer por meu nome”. Mas absorvido no mistério de Cristo morto e ressuscitado, Paulo não verá mais a cruz senão como transfiguração da glória.
O episódio narrado não pode ser reduzido à experiência puramente interior: também os companheiros de Paulo o perceberam e ouviram “a voz”. Paulo recordou repetidamente o acontecimento: Jesus lhe aparecera (1Corintios 15,8); tinha visto o Senhor (9,1), com o vulto envolvido pela glória divina (2Corintios 4,6); a aparição de Damasco equivalia para ele às aparições que tiveram os apóstolos depois da ressurreição de Jesus.
Sobre o batismo de Paulo (Atos 9, 1-21), o Senhor manda Ananias, para que Paulo recupere a vista e seja batizado. Para convencer Ananias, compreensivelmente hesitante, o Senhor lhe manifesta a excepcional missão destinada a Paulo: a de ser seu mensageiro em todo o mundo, diante dos pagãos, das autoridades e dos próprios judeus.
Ele é grande modelo, seguidor de Jesus, anunciando com ardor o Evangelho.
Paulo tem plena consciência de que é servo, chamado a ser apóstolo, escolhido para o Evangelho de Deus. Com esta apresentação, começa sempre suas cartas. Ele afirmou uma vez: “Sei em quem acreditei”. Faz incansável profissão de fé em Cristo Jesus, crucificado e ressuscitado, vivo entre nós.
Neste ano Paulino, vale a pena reconhecer Paulo especialmente através de suas cartas.
São João Crisóstomo, bispo de Constantinopla, faz um retrato de Paulo e revela o traço mais sugestivo e fascinante do Apóstolo dos gentios: o seu amor a Cristo, à paixão por ele, caminho para a ressurreição e a glória: “Paulo tudo suportou por amor a Cristo. Gozar do amor de Cristo era a sua vida, o seu mundo, o seu reino, a sua promessa, tudo. O que é o homem, quão grande é a dignidade da nossa natureza e de quanta virtude é capaz a criatura humana, Paulo o demonstrou mais do que qualquer outro. É o que aprendemos de suas próprias palavras: ‘Esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente’. As fraquezas, as injúrias, as necessidades, as perseguições são as armas da justiça, mostrando que delas lhe vinha grande proveito.”
A aparição no caminho de Damasco muda, em um segundo, todo o modo de pensar e de agir de Saulo, até então ardente inimigo da cruz. Nesse encontro excepcional com o Senhor, Saulo vê que o messias dos cristãos está verdadeiramente ressuscitado e glorificado, que Deus Pai aprovou a sua obra, e tudo o que Jesus disse e fez, é o cumprimento das profecias, enquanto as autoridades de seu povo erraram na interpretação das Escrituras.
Paulo descobre a “loucura” de cruz: verdade e sabedoria, porque envolve Deus mesmo e é, com a ressurreição do Senhor, a última palavra da revelação divina aos homens.

Cardeal Geraldo Majella Agnelo

Corpus Christi

A Festa de Corpus Christi é a celebração em que solenemente a Igreja comemora a instituição do Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Propriamente é a Quinta-feira Santa o dia da instituição, mas a lembrança da Paixão e Morte do Salvador não permite uma celebração festiva. Por isso, é na Festa de Corpus Christi que os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo.A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra do sacramento da Eucaristia. Aconteceu, porém, que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia. O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, informado do milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”. Em 11 de agosto de 1264 o Papa emitiu a bula "Transiturus de mundo", onde prescreveu que na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor.

"...Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra..." (Lc 1,38).

"Naquele tempo, no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: "Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!"Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.O anjo, então, disse-lhe: "Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim".Maria perguntou ao anjo: "Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?"O anjo respondeu: "O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível".Maria, então disse: "Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" E o anjo retirou-se" (Lucas 1, 26-38)

Reflita:
Maria foi agraciada mais do que as outras mulheres, porque lhe foi concedido ser a mãe de JESUS. Maria foi escolhida por DEUS, porque ELE achou graça diante dELE.Sua vida santa e humilde agradou tanto a DEUS, que ELE a escolheu para a tão sublime missão.
Maria submeteu-se plenamante a vontade de DEUS e confiou na SUA mensagem através do anjo. Aceitou alegremente a honra e ao mesmo tempo o opróprio resultante de ser a mãe da DIVINA CRIANÇA. As jovens devem seguir o exemplo de MARIA, quanto a castidade, ao amor a DEUS, á fidelidade a sua palavra e à disposição de obedecer ao ESPÍRITO SANTO DE DEUS.